
A cruz foi sem dúvida, o remate natural da obra redentora de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Se nas praias doiradas da Galileia, mais doiradas com a glória da sua presença, nos caminhos agrestes de Decapolis e Perea onde os Seus pés calejavam nas duras caminhadas, nos montes onde a Sua Palavra ressoava carinhosamente, ensinando as coisas gloriosas do Reino dos Céus ou alimentando as multidões famintas, sempre movido de íntima compaixão pelos famintos de amor, pelos martirizados no corpo a na alma, foi ali, no Monte do Gólgota, onde manifestou, na oferta da Sua vida, na dádiva do Seu sangue remidor, o crisol do Seu Amor Divino.
Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a sua vida pelos seus amigos, João 15:13
E Ele deu a Sua vida até pelos Seus inimigos, Glória ao Seu Nome!
Quando a multidão vociferava insultos e blasfémias, também os sacerdotes, e os príncipes e os soldados romanos zombavam d’ELE!
E a voz divina soou, com laivos de ternura: PAI, PERDOA-LHES PORQUE NÃO SABEM O QUE FAZEM!
É uma frase que transcede toda a justiça humana, supera o nosso entendimento, mas conquista o nosso coração. Glória ao Nome do Senhor! Ao pé da Cruz, apenas Sua mãe, Maria de Cleofas e Maria Madalena. O amor materno com centelhas de amor divino, amor/gratidão pelos ensinamentos colhidos, amor/adoração pela glória da libertação!
Logo mais, ELE nos mostra outra faceta da sua missão, apontando-nos o CAJADO, como Bom Pastor conduzindo as ovelhas ao aprisco: EM VERDADE TE DIGO QUE HOJE ESTARÁS COMIGO NO PARAÍSO, ou guardando-as ao longo da vida com o amparo e arrimo necessário:
Quando Jesus contempla o discípulo que reclinava sua cabeça em Seu regaço acolhedor e vê a angústia da sua face: quando tentando para Sua mãe verifica a desolação da sua alma, ELE clama: MULHER, EIS AÍ TEU FILHO – FILHO, EIS AÍ TUA MÃE! Sim, foi ali na CRUZ DO CALVÁRIO QUE ELE NOS MOSTROU COM AS SUA PALAVRAS DE AMOR, PAZ E PERDÃO, TODA A MISERICÓRDIA DIVINA, ENVIANDO-NOS SEU FILHO AMADO, O QUAL NOS PROMETEU.
A COROA aos que O amam, aos que anelam em cada dia a doçura da Sua presença, aos que abrigam em seus corações a bem-aventurada esperança da Sua vinda.
ORA VEM, SENHOR JESUS!